terça-feira, 14 de julho de 2015

O desempenho do Flamengo nos últimos 3 anos no campeonato brasileiro

É sabido que desde que começaram os pontos corridos, o Flamengo não é conhecido por fazer campanhas primorosas. Salvo uma ou outra exceção, dificilmente ficamos no top 5 da tabela. Acostumamos a ver o Mengão fazer ou campanhas medíocres, ficando no meio da tabela, ou desesperadoras, quando ficamos contando os números jogo a jogo.

Porém, nos últimos 3 anos, conseguimos ter campanhas piores do que a média. E esse ano os números são realmente muito ruins. Claro, ainda há muito campeonato pela frente. E há times piores e vasco versa. Mas o sinal de alerta vermelho pode e deve ser ligado, desde já, com mais de 1/3 do brasileirão já jogado.

No acumulado de todos os jogos de pontos corridos, desde 2003 até quarta passada, fizemos 489 jogos, somando 684 pontos. Ou seja, um aproveitamento de 46,63%. Destes 489 jogos, tivemos 180 vitórias, 148 empates (somos recordistas nesse quesito) e 161 derrotas. Marcamos 637 gols e levamos 624.

 

Então vamos ver como é uma campanha padrão do Flamengo. Ao final de 38 jogos, estatisticamente teremos:
- 53,5 pontos
- 14 vitórias
- 11,5 empates
- 12,5 derrotas
- 49,5 gols a favor
- 48,5 gols contra 

Avaliando somente os últimos 3 anos, da administração Eduardo Bandeira de Melo, tivemos desempenho abaixo dessa média em todos os 3 anos. Parte justificável pela nossa política de pagamento de dívidas, que nos deixou sem muita capacidade de investimento, parte por investimentos errados em jogadores que não corresponderam em campo, parte por falta de planejamento de médio prazo no futebol, fazendo com que tivesse muitas trocas de gestores, VPs e técnicos.

 

Em 2013, tivemos a questão da escalação do André Santos, virada de mesa do Fluminese e toda a história que todos nós estamos carecas de saber. No final das contas, a pontuação oficial obtida foi de 45 pontos, 7,15% a menos do que a nossa média. Marcamos 43 gols, -13,3% do que costumamos e sofremos 46, menos que os 48,5 que costumamos levar. Se não tivesse tido esse fato, provavelmente estaríamos muito próximo de nossas campanhas usuais.

 

Em 2014 começamos tão mal quanto este ano. Mas houve a chegada do Luxemburgo e houve uma grande arrancada, que fez com que se achasse que ele deveria se manter como técnico este ano. Apesar de toda essa festa, marcamos 52 pontos, 1,5 a menos que a média. Tivemos 14 vitórias (igual a média), 10 empates (1,5 menos que a média) e 14 derrotas (mais 1,5 do que o costume). Marcamos menos gols (3,5 a menos) e sofremos também menos (1,5 a menos). Ou seja, vendo esses números, foi uma campanha um pouco abaixo da média.

 

Neste ano de 2015, estamos mal em absolutamente todos os quesitos. Temos somente 13 pontos, quando o normal seria termos 18. Tivemos 4 vitórias, quando o esperado seria 4,7. Temos apenas 1 empate, quando costumamos ter 3,9. E temos inimagináveis 8 derrotas, quando o normal seriam ter aproximadamente 4. Os gols contra aumentaram, evidenciando nosso problema no sistema defensivo. Levamos 2,5 gols a mais, somando 19 sofridas bolas na nossa meta. E marcamos 12 gols, 4,9 a menos do que o normal. Esse problema provavelmente será resolvido com a chegada do Guerrero, que jogou apenas uma partida e marcou um gol.

Nosso aproveitamento atual é de 33,33%, quando o normal seria ter 46,63%. Para ter uma ideia, para atingirmos a nossa média precisamos ter um aproveitamento de agora em diante de 52%, algo só conseguido com uma "arrancada" como no ano passado. Arrancada essa que iria consagrar o treinador, que seria visto como a solução de todos os problemas, mas na verdade, gerará um novo problema no ano que vem. E a história pode se repetir, mais uma vez.

Espero duas coisas: 1) Que realmente consigamos ter tal reação. Porque se mantiver nesse ritmo, somaremos menos de 40 pontos ao final do Brasileirão. 2) Que para o ano que vem, comecemos já com um novo técnico, com ideias novas e com gana de vencer, e que as contratações sejam feitas ANTES de iniciar o campeonato, mostrando planejamento, que é o que esperamos de um clube de futebol profissional.

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